Museus Corporativos como Ferramentas de Comunicação Interna no Curso da Memória Organizacional / Corporate museums as tools for Internal communication in the orientation of Organizational Memory
DOI:
https://doi.org/10.5783/revrrpp.v11i22.690Palabras clave:
Memória Organizacional. Museus Corporativos. Comunicação Interna. Cultura Organizacional.Resumen
Resumo
Identifica o potencial dos museus corporativos como iniciativas de memória organizacional, bem assim a contribuição desses espaços para a comunicação interna como ativos de fortalecimento da cultura de uma empresa. Nesta pesquisa qualitativa, realizou-se um estudo bibliográfico, no qual foram estruturados em tabela os resultados de aplicação de questionário, bem como se procedeu à análise de dados e informações institucionais coletadas sobre seis museus corporativos, que pertencem e são operados por tradicionais organizações privadas, instaladas há mais de 40 anos em Fortaleza e municípios vizinhos, no Estado do Ceará. Dentre as contribuições oferecidas para os estudos acadêmicos e atuação profissional, estão: uma proposta inédita, ainda não encontrada na literatura, de classificação de potencial explorado pela área de comunicação interna (baixo, bom e alto); possibilidades de uso estratégico dessa memória organizacional pelas áreas de comunicação interna, relações públicas e RH, como em aderir a projetos de isenções de impostos; além da relação direta e, então estratégica, dos projetos de museus corporativos à alta gestão das iniciativas estudadas.
Palavras-chave: Memória Organizacional, Museus Corporativos, Comunicação Interna, Cultura Organizacional
Abstract
This work aims to identify the potential of corporate museums as organizational memory initiatives, as well as the contribution of these spaces to internal communication as assets to strengthen a company's culture. In this qualitative research, we conducted a bibliographic study, in which we identified in the literature since the need for the feeling of belonging to society; the advent of the “memory culture” phenomenon; the formalization of the past in places of memory; and the interface of these social movements within organizations - with the rise of corporate museums. As an intersection of structuring the past, in Brazil and in the world, there are historical periods marked by changes in power and political freedoms. To understand and identify this process, we analyzed six corporate museums, which are owned and operated by traditional private organizations, installed over 40 years ago in Fortaleza and neighboring municipalities, in the state of Ceará. Thus, we structured the results of applying a semi-structured questionnaire in a table, which was sent by e-mail to those responsible for these memory spaces. The questions were constructed, aligned with the theoretical concepts presented and in search of the specific objectives to identify: the potential contribution of these corporate museums as a tool of internal communication in the management of people; understand the role of these spaces in the development and consolidation of the sense of identification and belonging of the internal public, through the transmission of institutional values. We also structured the analysis of data and institutional information collected in the table, characterizing each museum. Thus, by mapping the type of collection, the place where they work and the directions of the narrative exposed in the analyzed spaces, it is possible to dimension perspectives for the questioning of an organization, after all, “Museum, for what? ”. In other words, what is the intention of each memory space, what message do want to strengthen with visitors, for example. Still, among the contributions presented for academic studies and professional performance, are: an unprecedented proposal, not found in the literature, for the classification of potential explored by the internal communication area (low, good and high). Regarding this classification, it is worth mentioning that we were guided by the purpose of finding perspectives for academic studies, as well as for professional performance in organizational communication, not having the objective, therefore, to tax any evidence found, right or wrong, but rather to give light to the opportunities already understood and explored by the internal communication, human resources and public relations sectors of one organization, but not yet strengthened in another. In our studies, we have also identified the possibilities of strategic use of this organizational memory by the areas of internal communication, public relations and HR, such as tax exemptions, in addition to the direct relationship of corporate museum projects to the high management of the initiatives studied. The literature and the studied spaces also showed us that the memory of a company, as well as its organizational culture, can be seen as a strategic element, of affirmation and positioning in the market in times of great changes. Understanding the internal public and its potential to multiply organizational culture is also a possible and necessary look at companies memory projects. We also bring the contribution that, in order to be strategic in strengthening ties and for the perpetuation of institutional values in the internal environment, the corporate museum needs to be aligned with the effort to consolidate the collective memory of the social context in which the organization is inserted.
Keywords: Organizational Memory, Corporate Museums, Internal Communication, Organizational Culture
Descargas
Citas
ABREU, J.P.C.G.D. (2014). Museus: identidade e comunicação, instrumentos e contextos de comunicação na museologia portuguesa. Lisboa: ISCTE-IUL. Tese de doutoramento. Disponível em http://hdl.handle.net/10071/8782.
CASTANHA, E. T.; BEUREN, I. M. & GASPARETTO, V. (2020). Influência da comunicação interna e do engajamento no desempenho de tarefas de servidores públicos. Revista Internacional de Relaciones Públicas, 10(20), 179-200. http://dx.doi.org/10.5783/RIRP-20-2020-10-179-200.
COSTA, A. S., BARROS, D. F. & CELANO, A. (2012). A Construção da Memória Empresarial como Estratégia de Comunicação Organizacional: uma discussão inicial. In XXXVI Encontro da ANPAD. Rio de Janeiro, Brasil: ENANPAD.
CRUZ, L.C. (2014). Memória e Comunicação Organizacional no Brasil: interfaces. Revista Organicom, 11(20), 177-188. https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2014.139229
DE OLIVEIRA MICH., M., DE OLIVEIRA MICHEL, J. & GERALDES PORCIÚNCULA, C. (2013). A Comunicação Organizacional, as redes sociais e seus desafios: afetos e emoções nesse contexto. Revista Internacional de Relaciones Públicas, 3(6), 117-136. http://dx.doi.org/10.5783/RIRP-6-2013-07-117-136
DIAS BRANCO, M. (2020). Relatório Anual Integrado 2017. Recuperado em 28 de agosto, 2020, de https://mdiasbranco.com.br/wp-content/uploads/2018/12/m-dias-branco-relatorio-baixa-m-dias-branco.pdf
DUARTE, J., & BARROS, A. (2005). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. 2ª edição. São Paulo: Atlas.
FARIAS, L. A., PENAFIERI, V. & MIANO, B. (2015) O storytelling como estratégia das relações públicas para a promoção da humanização. En Anais XIV Congresso Internacional de Comunicação Ibercom, 5300 - 5310.
FIGUEIRA, J. (2018). As “Políticas de Lembrança” dos Museus Corporativos na Construção da Memória Organizacional: o caso Vista Alegre. Em Figueira, L & Peixinho, A. T (Eds). Construção da Memória como Processo de Identidade Organizacional, 255-287. Portugal: Universidade de Coimbra.
GALERANI, G., & BASTOS, A. (2013). Comunicação Interna Estratégica: a experiência da Embrapa. Organicom, 10(19), 158-169. https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2013.139201
HUYSSEN, A. (2000). Seduzidos pela Memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano., UCAM/MAM-RJ.
INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (2020). Fomento e Financiamento. Recuperado em 31 de agosto, 2020, de https://www.museus.gov.br/fomento-e-financiamento/
KUNSCH, M.M.K. (2003). Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. São Paulo: Summus.
MANCEBO, R.C. & COSTA, A.S.M. (2020). Discurso, Memória e Identidade: construção e representação da identidade organizacional no espaço de memória do Clube de Regatas do Flamengo. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: Departamento de Administração, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
MARTINS, T.C., OLIVEIRA, V.D.S., & PONS, M.E.D. (2021). O mercado de trabalho em Relações Públicas: estudo sobre o cenário da atividade trabalhista formal no Brasil (2013-2018)/). Revista Internacional de Relaciones Públicas, 11(21), 145-166. http://dx.doi.org/10.5783/RIRP-21-2021-08-145-166
NASSAR, P. (2006). Tudo é Comunicação. (2 ed. rev.). São Paulo: Lazuli Editora.
NASSAR, P. & FARIAS, L.A. (2018). Memória, Identidade e as empresas brasileiras: a difícil metamorfose. In Figueira, J. & Peixinho, A.T (Eds). Construção da Memória como Processo de Identidade Organizacional (331-355). Portugal: Universidade de Coimbra.
NISSLEY, N. & CASEY, A. (2002). The politics of the exhibition: Viewing corporate museums through the paradigmatic lens of organizational memory. British Journal of management, 13(S2), S35-S45. https://doi.org/10.1111/1467-8551.13.s2.4
NOBRE CAVALCANTE, F.L., & MANFRED HANKE, M. (2020). Ancoragens de Interação em Grupos Midiatizados: proposta quantiqualitativa. Comunicação, Mídia e Consumo, 17(50). https://doi.org/10.1111/1467-8551.13.s2.4
NOBRE CAVALCANTE, F. & RIBEIRO, B. (2021). UX Researchers: Framing Brazilian’s Perspectives. In International Conference on Human-Computer Interaction (55-62). Virtual Conference: Springer, Cham. https://doi.org/10.1111/1467-8551.13.s2.4
NORA, P. (1993). Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, 10.
POLLAK, M. (1989). Memória, Esquecimento, Silêncio. Revista Estudos Históricos, 2(3), 3-15.
RAVASI, D. (2014). Identidade Organizacional e Memória. Organicom, 11(20), 39-49. https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2014.139215
REGO, F.G.T. (1986). Comunicação Empresarial/ Comunicação Institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus.
ROWLINSON, M., BOOTH, C., CLARK, P., DELAHAYE, A. & PROCTER, S. (2010). Social remembering and organizational memory. Organization studies, 31(1), 69-87. https://doi.org/10.1177/0170840609347056
SANTOS, L.C. (2018). Memória e Identidade Cultural: estratégias de legitimação sob a ótica das narrativas organizacionais. In Figueira, J. & Peixinho, A. T (Eds). Construção da Memória como Processo de Identidade Organizacional (357-396). Portugal: Universidade de Coimbra.
SEGARRA-SAAVEDRA, J., CASCALES-GONZÁLVEZ, B. & CARRETÓN-BALLESTER, C. (2021). Análisis bibliométrico de las tesis doctorales españolas sobre “comunicación interna” (1986/2019). Revista Internacional de Relaciones Públicas, 11(21), 69-96. http://dx.doi.org/10.5783/RIRP-21-2021-05-69-96.
SERRANO RODRÍGUEZ, R. (2011). Estudio de la comunicación interna como herramienta de transparencia en Internet en el Ayuntamiento de El Puerto de Santa María. Revista Internacional de Relaciones Públicas, 1(2), 197-219. http://dx.doi.org/10.5783/RIRP-2-2011-11-197-219
SOBREIRA, R.M. (2018). “Não é Saudade. É Identidade”: a História da Gênese da Construção de Identidade e Legitimação das Organizações. In Figueira, J. & Peixinho, A. T (Eds), Construção da Memória como Processo de Identidade Organizacional (41-73). Portugal: Universidade de Coimbra.
VOGT, S. & LOURENÇO, M.L. (2017). Identidade e Cultura Organizacional: o processo de identificação dos alunos de programas de pós-graduação stricto sensu em Administração em instituições públicas e privadas. Educação, Ciência e Cultura, 22(1), 61-79. http://dx.doi.org/10.18316/recc.v22i1.2804
WALSH, J.P. & UNGSON, G.R. (1991). Organizational memory. Academy of management review, 16(1), 57-91. https://doi.org/10.5465/amr.1991.4278992
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:- Los autores conservan los derechos de autor y garantizan a la revista el derecho de ser la primera publicación del trabajo al igual que licenciado bajo una Creative Commons Attribution License que permite a otros compartir el trabajo con un reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista.
- Los autores pueden establecer por separado acuerdos adicionales para la distribución no exclusiva de la versión de la obra publicada en la revista (por ejemplo, situarlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), con un reconocimiento de su publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se anima a los autores a difundir sus trabajos electrónicamente (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su propio sitio web) antes y durante el proceso de envío, ya que puede dar lugar a intercambios productivos, así como a una citación más temprana y mayor de los trabajos publicados (Véase The Effect of Open Access) (en inglés).