É urgente falar de bem-estar nas instituições de ensino superior: qual é o papel das relações públicas e da comunicação organizacional?
DOI:
https://doi.org/10.5783/revrrpp.v14i28.867Palabras clave:
bem-estar, relações públicas , comunicação organizacional, estudantes, instituições de ensino superiorResumen
A comunicação organizacional tem vindo a sofrer alterações na sua operacionalização, ao longo dos tempos. Por outro lado, o tema do bem-estar tem estado na agenda de muitas organizações. Apesar disso, estes dois temas têm vindo a ser tratados individualmente, desconsiderando-se a sua eventual relação, havendo igualmente pouco investimento no que diz respeito ao contexto do ensino superior. Neste estudo de investigação procurámos entender em que medida as duas temáticas se cruzam, encaixando as mesmas no âmbito do ensino superior. Pretendemos, então, perceber como é que os gabinetes de comunicação das instituições de ensino superior (IES) têm atuado em relação à comunicação da assistência estudantil. Para o efeito, levámos a cabo um estudo de cariz qualitativo, operacionalizado através da realização de 8 entrevistas semiestruturadas a 8 responsáveis de gabinetes de comunicação de 8 instituições de ensino superior diferentes. Para complementar esta recolha de dados, analisámos também os websites dos 15 Institutos Politécnicos Públicos Portugueses. Através da análise de entrevistas efetuada, de uma forma geral, podemos concluir que, embora o papel dos gabinetes de comunicação seja central neste domínio, a comunicação sobre a ação social é ainda muito escassa. A análise das entrevistas permite entender que há, ainda, uma dificuldade em estabelecer um “manual de boas práticas” em termos de comunicação, sendo igualmente difícil estabelecer, por vezes, qual o canal mais adequado, consoante o tipo de público. Pela análise dos websites, verificámos que apesar de algumas instituições já terem iniciativas sobre o tema, ainda é necessário um investimento avultado nesta área. Conseguimos concluir, então, que ainda existe um caminho a ser trilhado na comunicação que se estabelece entre as Instituições de Ensino Superior relações públicas e a comunicação organizacional desempenham aqui um papel fundamental, sobretudo ao nível da inclusão, do acolhimento e até do sucesso académico.
Descargas
Citas
Almansa-Martínez, A., Castillero-Ostio, E., & Castillo-Esparcia, A. (2024). Gabinetes de comunicación en Andalucía: desarrollo y afianzamiento (2003-2022). Revista De Comunicación, 23(1), 17–32. https://doi.org/10.26441/RC23.1-2024-3356
Alexandre, J. D., Carvalho, H., Fonseca, A. M., & Castro, C. A. (2022). Estado emocional e coping em estudantes universitários no confinamento provocado pela COVID-19. Psicologia, 36(1), 51-60. https://doi.org/10.17575/psicologia.1782
Baik, C., Larcombe, W., & Brooker, A. (2019). How universities can enhance student mental wellbeing: The student perspective. Higher Education Research & Development, 38(4), 674-687. https://doi.org/10.1080/07294360.2019.1576596
Carmack, H. J., Nelson, C. L., Hocke-Mirzashvili, T. M., & Fife, E. M. (2018). Depression and anxiety stigma, shame, and communication about mental health among college students: Implications for communication with students. College Student Affairs Journal, 36(1), 68-79.
Cruz, C., & Almeida, L. S. (2022). Cursos Técnicos Superiores Profissionais: As escolhas e expetativas dos estudantes. Revista E-Psi, 11(1), 194-207.
Cuenca-Fontbona, J., Compte-Pujol, M. & Sueldo, M. (2022). The function of internal communication during the COVID-19 health crisis: Trans-formation or transubstantiation?. Anàlisi: Quaderns de Comunicació i Cultura, 67, 7-26. DOI: https://doi.org/10.5565/rev/analisi.3553
Dawson, S. (2006). A study of the relationship between student communication interaction and sense of community. The Internet and Higher Education, 9(3), 153-162. https://doi.org/10.1016/j.iheduc.2006.06.007
Ferreira, F. M., Nunes, H. B., Oliveira, M., Oliveira, M. M. & Ribeiro, R. (2014). História da Universidade do Minho 1973/1974 - 2014. Braga: Fundação Carlos Lloyd Braga.
Gonçalves, G. (2010). Introdução à Teoria das Relações Públicas. Porto Editora.
Grant, F., Guille, C., & Sen, S. (2013). Well-being and the risk of depression under stress. Plos One, 8 (7), e67395. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0067395
Grunig, J.E. & Grunig, L.A, (1992). Models of public relations and communication. In J. E. Grunig, (Ed.), Excellence in Public Relations and Communication Management, Hillsdale NJ, Lawrence Erlbaum Associates, Inc.
Joelle, M.( 2019). Espiritualidade 4.0 - Um dos Pilares da Gestão das Organizações e das Empresas. Rh Editora.
Mourão, R. (2023). Entre Vozes e Silêncios: A Avaliação 360º e a Comunicação Organizacional. Editora do Instituto Politécnico de Lisboa.
Mourão, R.; Miranda, S.; Gonçalves, G. (2016). O Estado da Arte de Comunicação Organizacional. Revista Communication Studies, 23, 69-85.
Kunsch, M. (2018). A comunicação estratégica nas organizações contemporâneas. Media & Jornalismo. Coimbra University Press 33 (18), 13-24.
Ndlela, M. N., & Madsbu, J. P. (2022). Internal Communications During the Pandemic: Challenges and Implications. In Organizational Communication and Technology in the Time of Coronavirus: Ethnographies from the First Year of the Pandemic (pp. 231-249). Cham: Springer International Publishing.
Oliveira, I.(2019).Prefácio. Scheid, D., Machado, J. & Pérsigo, P. (org.). (2019). Tendências em Comunicação Organizacional - Temas emergentes no contexto das Organizações. FACOS – UFSM.
Pacheco, C.; Carlos, H.; Grilo, M. M.; Barradas, V. (2021). Repenser les Relations Publiques en temps de pandémie: La communication numérique du Polytechnique de Portalegre. ESSACHESS - Journal for Communication Studies 14, No 2(28), 101-128. Elsevier. https://doi.org/10.21409/6ma8-1183
Quivy, R., & Campenhoudt, L.V. (1998). Manual de Investigação em Ciências Sociais. Gradiva.
Ruão, T.; Freias, R.; Ribeiro, P. & Salgado, P. (2014). Comunicação Organizacional e Relações Públicas, numa travessia conjunta. In T. Ruão, R. Freias, P. Ribeiro, & P. Salgado (eds) Comunicação Organizacional e Relações Públicas: horizontes e perspetivas. Relatório de um debate. Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, 16-39. Universidade do Minho.
Ruão, T. (2008). A Comunicação Organizacional e os Fenómenos de Identidade: a aventura comunicativa da formação da Universidade do Minho, 1974-2006. (Tese de Doutoramento em Ciências da Comunicação), Universidade do Minho, Braga. Retirado de http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8841/1/tese%20final.pdf
Ruão, T. (2005). O papel da identidade e da imagem na gestão das universidades. Comunicação apresentada em IV Congresso da SOPCOM - Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação, Universidade de Aveiro, Aveiro.
Saad, E. (2021). Comunicação Organizacional e transformação digital: novos cenários,novos olhares. In C. Terra, B. M. Dreyer, J. F. Raposa (Ed), Comunicação Organizacional: práticas, desafios e perspectivas digitais (p.13-23). São Paulo: Summus.
Shannon, C. & Weaver, W. (1949). The mathematical theory of communication. University of Illinois Press. Urbana and Chicago.
Scheid, D., Machado, J. & Pérsigo, P. (org.). (2019). O cenário (mutável) da comunicação organizacional e das relações públicas Tendências em Comunicação Organizacional - Temas emergentes no contexto das Organizações. FACOS – UFSM.12-21.
Seligman, M. & Adler, A. (2018). Positive education. In J. F. Helliwell, R. Layard & J. Sachs (Eds.), Global happiness policy report. Global Happiness Council.
Silva, S. (2022). Comunicar a Responsabilidade Social: um modelo de atuação para as universidades públicas portuguesas. Covilhã: LABCOM.
Silva, S., Ruão, T. & Gonçalves, G. (2021). Comunicar a responsabilidade social: um modelo de comunicação para as universidades públicas portuguesas. Estudos em Comunicação, 3, 115-148. https://doi.org/10.25768/20.04.03.33.06
Tilli, N. & Villar, M. (2024). Universities and student mental health at the intersection of communication, representations, and stigma. An international comparative study. ZER - Revista de Estudios de Comunicación, 29(56), 203-222 . https://doi.org/10.1387/zer.24873
Wæraas, A. & Solbakk, M. N. (2009). Defining the essence of a university: lessons from higher education branding. Higher Education(57), 449-462. https://doi.org/10.1007/s10734-008-9155-z
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Rita Mourao, Inês Sousa , Cláudia Pacheco , Susana Mourão , Sandra Miranda, Sónia Silva
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:- Los autores conservan los derechos de autor y garantizan a la revista el derecho de ser la primera publicación del trabajo al igual que licenciado bajo una Creative Commons Attribution License que permite a otros compartir el trabajo con un reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista.
- Los autores pueden establecer por separado acuerdos adicionales para la distribución no exclusiva de la versión de la obra publicada en la revista (por ejemplo, situarlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro), con un reconocimiento de su publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se anima a los autores a difundir sus trabajos electrónicamente (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su propio sitio web) antes y durante el proceso de envío, ya que puede dar lugar a intercambios productivos, así como a una citación más temprana y mayor de los trabajos publicados (Véase The Effect of Open Access) (en inglés).