Inclusão de trabalhadores com deficiência sensorial nas organizações pelas lentes das dimensões da Comunicação Organizacional e do paradigma relacional/dialógico

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5783/revrrpp.v15i30.914

Palabras clave:

Comunicação Organizacional, Inclusão, Deficiência, paradigmas, diversidade

Resumen

Este trabalho objetiva analisar o fenômeno da inclusão de trabalhadores com deficiência sensorial nas organizações pela lente das dimensões da Comunicação Organizacional (instrumental, humana, cultural e estratégica) e do paradigma relacional/dialógico. Trata-se de um ensaio teórico com o intuito de elucidar algumas possibilidades para o campo, que se valeu de fontes bibliográficas e pesquisas secundárias disponíveis sobre a temática. A reflexão permite olhar para as relações construídas entre trabalhadores com deficiência sensorial e as organizações, sejam elas pautadas em aspectos de circulação de sentidos ou mediadas por questões técnicas, políticas de acessibilidade e que consideram os trabalhadores como agentes organizacionais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Guilherme Ferreira de Oliveira, Universidade Estadual Paulista (Unesp) / SciencesPo Paris

Pesquisador Visitante no Laboratoire Interdisciplinaire d’Évaluation des Politiques Publiques (LIEPP) do SciencesPo - Paris, no âmbito do projeto Prespol - Promouvoir l’autonomie économique des personnes handicapées par l’emploi et les politiques sociales. Doutorando em Comunicação pela Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Bauru. Mestre em Mídia e Tecnologia e graduado em Relações Públicas pela mesma instituição. Vice-líder do Grupo de Pesquisa Linguagem e Mídia Acessível (Gelima), membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Letramento Midiático e Relações Públicas Educativas e do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em Mídia e Acessibilidade “Biblioteca Falada”.

Roseane Andrelo, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e do curso de graduação em Relações Públicas da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Bauru/SP. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Letramento Midiático e Relações Públicas Educativas.

Citas

Baldissera, R. (2022). In Notas para uma epistemologia da comunicação organizacional. M. M. K. Kunsch, F. P. Lima, & A. O. Sampaio (Orgs.). Comunicação organizacional e relações públicas: 15 anos da Abrapcorp (pp. 49-63). EDUFBA/Abrapcorp.

Bonito, M., & Santos, L. C. (2020) Producción narrativa desde la perspectiva de la accesibilidad comunicativa. Revista La Rivada 8(15), pp. 107-119. http://larivada.com.ar/index.php/numero-15/dossier/282-produccion-narrativa-desde-la-perspectiva-de-la-accesibilidad

Braga, J. L. (2004). Os estudos de interface como espaço de construção do Campo da Comunicação. Contracampo, 10-11. https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i10/11.542

Cabral, R., Gonçalves, G., & Salhani, J. (2018). Violência organizacional: reflexões a partir da perspectiva dos estudos para a paz. Organicom, 15(28), 247-264. https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2018.150586

Campbell, F. A. (2001). Inciting legal fictions:'Disability's' date with ontology and the ableist body of the law. Griffith L. Rev., 10, 42. http://hdl.handle.net/10072/3714

Deetz, S. (2001). Conceptual foundations. In F. M. Jablin, & L. L. Putnam (eds.), The new handbook of organizational communication: advances in theory, research, and methods (pp. 3-46). Sage Publications.

Fattori, L., Napolitano, D., & Ripetta, S. (2025). Disability as bodymind: the contribution of Antonio Damasio to the understanding of disability and the promotion of inclusive organizations. PuntOorg International Journal, 10(1), 92–106. https://doi.org/10.19245/25.05.pij.10.1.7

França, V. V. (2016). O objeto e a pesquisa em comunicação: uma abordagem relacional. In C. P. Moura, & M. I. V. Lopes (Orgs.), Pesquisa em Comunicação: Metodologias e Práticas Acadêmicas (pp. 153-174). EDIPUCRS.

França, V. V. (2001). Paradigmas da comunicação: conhecer o quê?. Ciberlegenda, 1(5).

Gesser, M, Block, P., & Mello, A. G. (2020). Estudos da deficiência: interseccionalidade, anticapacitismo e emancipação social. In M. Gesser, L. K. Böck & P. H. Lopes (Eds.), Estudos da deficiência: anticapacitismo e emancipação social (pp. 17-35). CRV.

Greco, G. M. (2016). On accessibility as a human right, with an application to media accessibility. In A. Matamala & P. Orero (Eds.), Researching audio description: New approaches (pp. 11–34). Palgrave Macmillan.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (2023). Pesquisa Nacional por Amostra a Domicílio Contínua: Pessoas com Deficiência 2022. IBGE. https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2102013.

Kunsch, M. M. K. (2015). Os campos acadêmicos em Comunicação Organizacional e Relações Públicas no Brasil: caracterização, pesquisa científica e tendências. Revista Internacional De Relaciones Públicas, 5(10), 105–124. https://doi.org/10.5783/revrrpp.v5i10.356

Kunsch, M. M. K. (2014). Comunicação Organizacional: contextos, paradigmas e abrangência conceitual. Matrizes, 8(2), 35-61. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v8i2p35-61

Kunsch, M. M. K. (2006). Gestão das Relações Públicas na contemporaneidade e a sua institucionalização profissional e acadêmica no Brasil. Organicom, 3(5), 30-61. https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2006.139990

Kunsch, M. M. K. (1997). Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional. Summus.

Lei no 13.146, de 06 de julho de 2015. (2015). Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília.

Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991. (1991). Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Brasília.

Lima, F. P. (2008). Possíveis contribuições do paradigma relacional para o estudo da comunicação no contexto organizacional. In I. L. Oliveira & A. T. N. Soares (Orgs.), Interfaces e tendências da comunicação no contexto das organizações (pp. 102–127). Difusão.

Lima, F. P., & Oliveira, I. de L. (2014). O discurso e a construção de sentido no contexto organizacional midiatizado. In M. Marchiori (Coord.), Contexto organizacional midiatizado (pp. 85–97). Difusão.

Luvizotto, C. K., & Magalhães, G. M. Organizational communication and accessibility resources in the digital environment: impact of the COVID-19 pandemic on Burger King Brazil’s Facebook. Contratexto, (39), 99-117. https://doi.org/10.26439/contratexto2023.n39.6143

Marques, Â. C. S., & Oliveira, I. L. (2022). Comunicação interna e práticas políticas de diálogo como fonte de desestabilização e redefinição de interações não organizáveis. Organicom, 19(38), 11-16. https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2022.197876

Marques, Â. C. S., & Oliveira, I. L. (2015). Configuração do campo da Comunicação Organizacional no Brasil: Problematização, possibilidades e potencialidades. In Anais do 38º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Intercom. https://portalintercom.org.br/anais/nacional2015/resumos/R10-2477-1.pdf

Marques, Â. C. S. (2015). Prefácio. In I. L. Oliveira, A. Pennini, & I. Mourão. (eds.), Compreendendo um campo de conhecimento: reflexões epistemológicas sobre a Comunicação Organizacional a partir de autores brasileiros (pp. 7-15). CRV.

Matos, T. M., & Duarte, M. F. (2022). O Sentido do Trabalho para Pessoas com Deficiência: um Estudo em uma Instituição Federal de Ensino Superior. In Anais do 46º Encontro da Anpad (Maringá, 2022). https://anpad.com.br/uploads/articles/120/approved/ba7609ee5789cc4dff171045a693a65f.pdf

Mumby, D., Quintela, G. P., & Noi, S. M. (2023). Novas tendências e discussões da perspectiva crítica na comunicação organizacional. [Entrevista concedida]. Dispositiva, 12(22), 355–367. https://doi.org/10.5752/P.2237-9967.2023v12n22p355-367

Mumby, D. (2013). Organizational communication. A critical approach. Sage Publications.

Mumby, D. (2009). A Comunicação Organizacional em uma perspectiva crítica. Organicom, 6(10-11), 191-207. https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2009.139023

Mumby, D. K., & Stohl, C. (1996). Disciplining Organizational Communication Studies. Management Communication Quarterly, 10(1), 50-72. https://doi.org/10.1177/0893318996010001004

Oliveira, G. F., & Maciel, S. (2025). Relações de poder, capacitismo e Relações Públicas: sentidos evocados por trabalhadores com deficiência visual. In Anais do 19º Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, (Porto Alegre, 2025). https://publicacoes.softaliza.com.br/abrapcorp2025/article/view/12273

Oliveira, G. F., Maciel, S., & Andrelo, R. (2025). Ableism in culture and internal communication: meanings evoked by visually impaired workers from the perspective of Public Relations. [Trabalho apresentado em congresso]. In 26th Euprera Conference, 2025, Lund.

Oliveira, G. F. (2024). Acessibilidade na/da comunicação interna com pessoas com deficiência visual no ambiente organizacional. [Dissertação de Mestrado em Mídia e Tecnologia]. Universidade Estadual Paulista. https://hdl.handle.net/11449/258543

Oliveira, G. F., Barbeta, N. B., & Cabral, R. (2024). Falta de accesibilidad para personas con discapacidad sensorial: violencia en la comunicación organizacional digital. La Trama de la Comunicación, 28(1), 012-051. https://doi.org/10.35305/lt.v28i01.844

Oliveira, G. F., Escarabello Junior, J. R., & Maciel, S. (2023). O papel das Relações Públicas e da Comunicação na inclusão de pessoas com deficiência nas organizações: uma revisão sistemática. Revista Internacional de Relaciones Públicas, 13(26), 21–40. https://doi.org/10.5783/revrrpp.v13i26.846

Oliveira, G. F., Moreira, T. B. E., Bueno, L. G. V., Porém, M. E., & Maciel, S. (2023). A pesquisa em comunicação organizacional e relações públicas sobre acessibilidade e inclusão: Um levantamento do Congresso Abrapcorp. In D. Stasiak, L. Casaroli, & M. Carareto (Orgs.), Perspectivas da pesquisa e dos pesquisadores em relações públicas na atualidade (pp. 92–110). Goiânia: CEGRAF.

Oliveira, I. L. (2022). A comunicação organizacional no Brasil: Virada epistemológica. In M. M. K. Kunsch, F. P. Lima, & A. O. Sampaio (Orgs.), Comunicação organizacional e relações públicas: 15 anos da Abrapcorp (pp. 37–48). Salvador: EDUFBA; São Paulo: Abrapcorp.

Oliveira, I. L. (2009). Objetos de estudo da Comunicação Organizacional e das Relações Públicas: um quadro conceitual. Organicom, 6(10-11), 57-63. https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2009.139004

Oliveira, I. L., & Paula, M. A. (2009). Desafios da comunicação interna: interferências da contemporaneidade. In C. Estrella, R. Benevides & R. F. Freitas (Orgs.), Por dentro da comunicação interna: tendências, reflexões e ferramentas (pp. 13-28). Champagnat.

Pereira, A. C. C. & Figueiró, G. A. (2020). The Communicational Dimension for the Inclusion of People with Disabilities in Organization. Développement Humain, Handicap et Changement Social, 26(1), 49–62. https://doi.org/10.7202/1068190ar

Pérez, R. A. (2008). Estrategias de comunicación (4. ed.). Editorial Ariel.

Pérez, R. A., & Massoni, S. (2009). Hacia una teoría general de la estratégia. Editorial Ariel.

Pessoa, S. C. (2019). Acessibilidade afetiva? Da linguagem hospitaleira às redes de relações em organizações. In A. C. S. Marques, D. R. Silva, & F. P. Lima (Orgs.), Comunicação e direitos humanos (pp. 209–219). Belo Horizonte: PPGCOM UFMG.

Putnam, L. (2009). Metáforas da comunicação organizacional e o papel das relações públicas. In M. M. K. Kunsch (Org.), Relações públicas e comunicação organizacional: campos acadêmicos e aplicados de múltiplas perspectivas (pp. 43-67). Difusão Editora.

Santos, L. C. (2024). A comunicação organizacional no Brasil a partir da produção de pós-graduação. Cuadernos.info, (58), 46-69. https://dx.doi.org/10.7764/cdi.58.69413

Sharma, R. H., Asselin, R., Stainton, T., & Hole, R. (2025). Ableism and Employment: A Scoping Review of the Literature. Social Sciences, 14(2), 67. https://doi.org/10.3390/socsci14020067

Silva, S., Ruão, T., & Gonçalves, G. (2020). O estado de arte da Comunicação Organizacional: as tendências do século XXI. Observatorio (OBS*), 14(4). https://doi.org/10.15847/obsOBS14420201652

Silveira, A., Pereira, A. C. P., & Barcelos, I. (2014). A comunicação organizacional e as pessoas com deficiência: Questões de estigmas e preconceitos. In Anais do 8º Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Londrina, 2014). https://editora.pucrs.br/download/anais/9788539705603.epub

Tette, R. P. G., Carvalho-Freitas, M. N. D., & Oliveira, M. S. D. (2014). Relações entre significado do trabalho e percepção de suporte para pessoas com deficiência em organizações brasileiras. Estudos de Psicologia (Natal), 19, 217-226. https://doi.org/10.1590/S1413-294X2014000300007

Descargas

Publicado

2025-12-29

Cómo citar

Ferreira de Oliveira, G., & Andrelo, R. (2025). Inclusão de trabalhadores com deficiência sensorial nas organizações pelas lentes das dimensões da Comunicação Organizacional e do paradigma relacional/dialógico. Revista Internacional De Relaciones Públicas, 15(30), 157–174. https://doi.org/10.5783/revrrpp.v15i30.914