As organizações e o público LGBT: perspectivas de atuação para o profissional de relações públicas / Organizations and the LGBT: acting prospects for public relation professional
DOI:
https://doi.org/10.5783/revrrpp.v5i9.313Keywords:
Público LGBT, Ativistas, Movimento LGBT, Homofobia institucional, Relações Públicas.Abstract
O quadro de marginalização do público LGBT nas últimas décadas foi gradualmente substituído por uma situação de empoderamento através da atuação de grupos de ativistas e a consequente conquista de direitos em diversos âmbitos. Entretanto, a realidade ainda está longe de ser a ideal, o que pode ser constatado pela ocorrência de casos de homofobia institucional, quando organizações desrespeitam indivíduos com base no julgamento sobre as suas orientações sexuais ou identidades de gênero. Sendo assim, considerando que a atividade de Relações Públicas pode contribuir para a melhora deste cenário, este artigo possui como objetivo analisar como o profissional da área pode contribuir na gestão do relacionamento com o público LGBT nas organizações. Para concretizá-lo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e, em seguida, uma pesquisa documental no Centro de Referência de Direitos de LGBT e Enfrentamento à Homofobia no Estado da Paraíba para verificar os casos de homofobia institucional ocorridos na capital, João Pessoa, entre os anos de 2011 e 2013. Por fim, foi empreendida uma pesquisa de campo junto às organizações da sociedade civil que defendem este público na cidade, a fim de conhecer as suas atuações no combate a este tipo de crime. Verificamos a ocorrência de um número significativo de denúncias no período analisado, bem como a falta de conhecimento das ONGs no que diz respeito à atuação junto aos empresários visando garantir a inclusão do público LGBT nas ações das organizações locais, assim como várias possibilidades de intervenção do profissional de relações públicas para modificar este contexto.
Downloads
References
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, F. (2007). Novas agências para atender ao público GLS. Recuperado em: 24 de fevereiro de 2014, de http://gecorp.blogspot.com/2007/10/novas-agncias-para-atender-ao-pblico.html.
ALMEIDA; F. T.; VICENTE, M. M. (2012). Os públicos internos – subculturas, diversidade e perfis geracionais. A importância destes elementos no planejamento de comunicação interna. In: XXXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom, 35, 2012, Fortaleza. Anais eletrônicos. São Paulo: Intercom. Recuperado em: 28 de julho de 2014, de http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2012/resumos/R7-1508-1.pdf.
BARDIN, L. (1988). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
BORGER, F. G. (2007). Pressupostos teóricos e aplicados da responsabilidade social corporativa. In: KUNSCH, M. M. K.; KUNSCH, W. L. (orgs.). Relações Públicas Comunitárias (194-206). São Paulo: Summus.
CAPRONI NETO, L. H.; SARAIVA, L. A. S.; BICALHO, R. de A. (2014). Diversidade sexual nas organizações: um estudo sobre coming out. In: Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, jan/mar, p. 86-103.
COTTA, D. (2009). Estratégias de visibilidade do movimento LGBT: Campanha Não Homofobia! – Um estudo de caso. Monografia (Graduação em Comunicação Social – Jornalismo). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Comunicação.
FACCHINI, R.; FRANÇA, I. L. (2009). De cores e matizes: sujeitos, conexões e desafios no Movimento LGBT Brasileiro. In: Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, n. 3, p. 54-81.
FERRARI, M. A. (2011). Os cenários turbulentos como oportunidade de mudança e realinhamento de estratégias. In: GRUNIG, J. E.; FERRARI, M. A.; FRANÇA, F. Relações Públicas: teoria, contexto e relacionamentos (137-166). São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora.
GRUNIG, J. E. (2011). Definição e posicionamento das Relações Públicas. In: GRUNIG, J. E.; FERRARI, M. A.; FRANÇA, F. Relações Públicas: teoria, contexto e relacionamentos (23-41). São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora.
INSTITUTO ETHOS. (2013). O compromisso das empresas com os direitos humanos LGBT. São Paulo. Recuperado em 10 de junho de 2014, de http://www3.ethos.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Manual-LGBT_Dez_2013.pdf.
KUNSCH, M. M. K. (2007). Dimensões e perspectivas das relações públicas comunitárias. In: KUNSCH, M. M. K.; KUNSCH, W. L. (orgs.). Relações Públicas Comunitárias (165-180). São Paulo: Summus.
MECCHI, C. L. (2006). Diversidade sexual e políticas de gestão de pessoas: um estudo exploratório em três empresas de grande porte. Universidade de São Paulo. Recuperado em 24 de fevereiro de 2014, de http://www.ead.fea.usp.br/tcc/trabalhos/Artigo%20Cassiano%20Mecchi.pdf.
MURADE, J. F. G. (2007). Relações Públicas na construção da cidadania dos grupos populares. In: KUNSCH, M. M. K.; KUNSCH, W. L. (orgs.). Relações Públicas Comunitárias (150-164). São Paulo: Summus.
NUCCI, D. (2014). O poder do pink money. Recuperado em 28 de julho de 2014, de http://metropole.rac.com.br/_conteudo/2014/04/capa/leia_mais/172176-o-poder-do-pink-money.html.
OLIVEIRA, M. J. da C. (2007). Relações públicas e as questões sociais nos três setores da sociedade. In: KUNSCH, M. M. K.; KUNSCH, W. L. (orgs.). Relações Públicas Comunitárias (181-193). São Paulo: Summus.
ROQUE, M. L. de. (2007). Relações públicas no terceiro setor. In: KUNSCH, M. M. K.; KUNSCH, W. L. (orgs.). Relações Públicas Comunitárias (237-248). São Paulo: Summus.
SILVA, A. S. da. (2011). Memória, Consciência e Políticas Públicas: as Paradas do Orgulho LGBT e a construção de políticas públicas inclusivas. In: Revista Electrónica de Psicologia Política. San Luis-Argentina, ano 9, n. 27, p. 127-158.
TOTH, E. L. (2010). Gestão da comunicação em função da diversidade nas organizações. In: KUNSCH, M. M. K. (org.). A comunicação como fator de humanização das organizações (125-134). São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors publishing in this journal agree to the following terms:
a. Authors retain copyright and grant the journal the right to be the first publication of the work as licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of authorship of the work and initial publication in this journal.
b. Authors may separately enter into additional arrangements for non-exclusive distribution of the version of the work published in the journal (e.g., placing it in an institutional repository or publishing it in a book), with an acknowledgement of initial publication in this journal.
c. Authors are allowed and encouraged to disseminate their work electronically (e.g. in institutional repositories or on their own website) before and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and higher citation of published work (see The Effect of Open Access).